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É SIMPLES ASSIM


Texto de Floriano Serra

Floriano Serra
Floriano Serra, psicólogo, consultor de empresas para processos comportamentais, palestrante e articulista, autor de vários livros sobre comportamento humano. É especializado em Análise Transacional e Programação Neuro Linguística. Tem pós-graduação em Marketing. Já foi Diretor Corporativo de Recursos Humanos de várias empresas nacionais e multinacionais. Em 1996, pela sua atuação inovadora em RH, recebeu o Prêmio Destaque RH do Ano, outorgado pela revista Gestão Plus & RH em Síntese. Atualmente Floriano é diretor-presidente do IPAT - Instituto Paulista de Análise Transacional (www.ipat.com.br) e da SOMMA4 Consultoria para Desenvolvimento Pessoal e Organizacional. Com frequência, ministra palestras e seminários comportamentais"in company" em todo o Brasil, presta consultoria em Recursos Humanos e Processos Comportamentais, realiza "coatching" e aconselhamento para executivos e continua escrevendo livros e artigos - inclusive mantendo colunas fixas em algumas revistas e sites.

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Em um grande número de organizações, o que não faltam são as "calamidades" comportamentais, algumas das quais, de tanto se repetirem, tornam-se crônicas e, ao mesmo tempo, folclóricas e motivos de lágrimas e risos nos corredores. Essas calamidades podem diferir na forma, mas todas têm uma coisa em comum: detonam o clima interno, acabam com o respeito aos princípios e aos valores da empresa e, por vias indiretas, comprometem as relações entre os colegas e dificultam o cumprimento dos resultados. Os "jeitinhos" e os "jeitões" constituem duas dessas calamidades - dentre outras.

Comecemos pelos "jeitões". Quem, no seu local de trabalho, não tem ou nunca teve um colega ou chefe com um "jeitão" fora dos padrões civilizados? Tomemos o caso de um gestor que é grosseiro de doer, grita e trata seus colaboradores como se fossem máquinas ou coisas insensíveis e sem auto-estima. E quando alguém mais corajoso decide procurar a Alta Direção para fazer queixa daquele assediador moral em série, ouve do maioral: "Ah, não esquenta com isso! É o "jeitão" dele, mas no fundo é ótima pessoa... E, olha, com esse "jeitão" ele faz o pessoal cumprir todas as metas!". E o gestor, com seu "jeitão" anacrônico, continua pelos corredores à fora machucando impunemente a equipe, protegido pela cultura interna que aprova esse "jeitão eficaz" de atingir resultados...

Anote aí: nas empresas que abrigam essa calamidade, "jeitão" é a nova palavra para definir grosseria, falta de modos e de educação, insensibilidade e total desconhecimento da arte de liderar pessoas. Isso me faz lembrar as palavras do guru em administração Stephen Covey, consultor americano, autor do best-seller "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", que vendeu mais de 15 milhões de exemplares: "A maioria das lideranças ainda está estancada no modelo de trabalhador em que as pessoas são vistas como coisas a ser controladas e reguladas. Mas hoje é imperativo ter consciência de que as pessoas são feitas de corpo, mente, emoções e espírito". Um bom treinamento em sensibilização - com a Análise Transacional, por exemplo - consegue amenizar e em alguns casos até extinguir esses "jeitões".

Outra calamidade são os "jeitinhos". Diariamente, em muitas empresas, as normas, políticas, regulamentos e diretrizes são criativamente dribladas ou ignoradas por "jeitinhos". São aqueles atalhos e "adaptações" que fogem da estrada principal que conduz ao ponto certo, visando "facilitar" o trabalho de muita gente esperta, que esquecem que isso complica e compromete a vida das organizações.

O "jeitinho" existe onde hajam profissionais sem a devida disciplina, paciência e comprometimento para cumprir as etapas e os passos, às vezes, complexos e burocráticos de algumas tarefas e processos, mas que asseguram a excelência e a legalidade do trabalho. Resultado: os milhões gastos pela empresa em programas e projetos de qualidade, excelência e boas práticas de fabricação descem diariamente pelo ralo do desperdício.

Essas calamidades podem ser anuladas pela própria organização, se sua gestão definir e fizer seguir rigorosamente as corretas práticas de trabalho, se investir no desenvolvimento da maturidade comportamental das equipes e em saudáveis e éticos princípios e valores.

Felizmente, em sua grande maioria, as organizações atuam conforme o figurino, sem permitir a ocorrência dessas calamidades. São as empresas vencedoras - não necessariamente as de maior porte e lucro, mas as de maior ética, melhor clima e aquelas com maior preocupação com seu capital humano. Mas ainda há muita gente que parece esquecer o óbvio: numa empresa ou em qualquer organismo social, nenhum "jeitão" comportamental está acima dos direitos e do bem-estar da coletividade, assim como nenhum "jeitinho" está acima do compromisso com as leis e com a qualidade.

É simples assim.

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