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AS EMPRESAS E A SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL

A Copa do Mundo de Futebol é um evento internacional de grande importância para o meio esportivo e para os negócios. Este evento faz com que haja uma mobilização nacional e até mundial em torno do mesmo.
O Brasil em particular vive este momento como nunca, a população se mobiliza, as empresas param e todos compartilham de um momento único sempre esperando uma retribuição dos jogadores da seleção: a taça que significa o sucesso de um trabalho realizado.
Comparo a seleção a muitas empresas. Para que haja sucesso nas empresas é necessário escolher bem os profissionais, formar equipe, qualificar através de treinamentos e treinar, treinar e treinar. Para que a equipe funcione é necessário ter um líder, aquele que consegue dos seus profissionais a qualidade necessária para executarem as suas tarefas com comprometimento e envolvimento e com um único foco: o sucesso de todos e não de apenas alguns.
Quando o líder é chefe, quando aquele que deveria ser líder entende que tem que se isolar do mundo porque só ele sabe, dificilmente se formam equipes e o sucesso fica distante.
Vamos então fazer um comparativo da seleção com algumas empresas.
Tudo se iniciou há quatro anos atrás com um líder chamado Dunga. Foi líder enquanto capitão da seleção anos atrás mas apenas no nome, e não conseguiu ser líder de um time que tem profissionais que atuam em clubes diferentes e que necessitam de entrosamento para executarem as suas atividades da melhor forma. Para se iniciar a formação de uma equipe precisamos ter os profissionais certos e no lugar certo, devidamente treinados e em condições físicas e emocionais de jogo. Era esta a cara da seleção brasileira? Não. Profissionais escolhidos para representar o país que não tinham condições de o fazer, não só pelo fato de terem sido acometidos por lesões recentes bem como não executaram as suas atividades da melhor forma nos clubes onde jogam. Uma liderança que se escondeu do mundo, da imprensa e com entrevistas sem propósito, com palavrões proferidos que chegou a todos os países, mostrando total descontrole emocional. E quando o descontrole emocional é do líder, os seus liderados não têm como reverter a situação.
Vamos analisar os jogos do Brasil nesta Copa do Mundo. Contra a Coréia, um time sem expressão, com difícil vitória e sem opções nem em campo e muito menos no banco. Contra a Costa do Marfim um pouco melhor em alguns períodos, no entanto demonstrando que o Brasil apenas sabe jogar no contra ataque e que se saísse em desvantagem dificilmente recuperaria. Contra Portugal se reclamou barbaridade da retranca dos portugueses, no entanto não se viu sabedoria para driblar o esquema tático adotado pelo Carlos Queirós, porque simplesmente a seleção brasileira não sabe e não foi preparada para jogar ao ataque. Contra o Chile se jogou um pouco melhor só porque o outro time deixou jogar, não foi por méritos da nossa seleção. Contra a Holanda, e se os líderes tivessem analisado os jogos anteriores dos nossos adversários sabiam que o lado direito deles era muito bom e o lado esquerdo do Brasil muito ruim, foi um desastre o segundo tempo de jogo. Resultado: derrota com dois lances pelo lado direito da Holanda. Estava na cara de todo o mundo, faltavam jogadores em campo com a qualidade necessária para enfrentar obstáculos, faltava qualidade técnica e emocional. O que então se viu? Um time descontrolado exatamente com a cara do técnico naquela entrevista cheia de palavrões e dando murros nas instalações do banco de reservas da seleção.
O que aconteceu com a seleção brasileira nesta copa é o que acontece com algumas empresas. Profissionais contratados sem qualificação, colocados em funções para as quais não têm competência e líderes sem preparo que chegaram nessa posição porque há muito tempo estão na empresa e foram subindo sem treinamentos e qualificação para tal.
Como consultora da área de gestão empresarial e qualidade e diretora da CR Consultoria gostaria que os empresários que eventualmente leiam este artigo iniciem uma análise profunda nas suas empresas e questionem o que realmente está errado. Na maioria dos casos os motivos da falta de sucesso nas empresas são:

1. Falta qualificação dos profissionais para exercerem determinadas funções;

2. Falta treinamento dos profissionais para executarem as suas atividades com qualidade;

3. Falta preparo aos “líderes” que são antigos na empresa e para os quais é necessário dar status;

4. Falta a noção do que é efetivamente trabalho em equipe;

5. Falta equilíbrio emocional quando os resultados precisam ser revertidos;

6. Falta planejamento claro e objetivo.


Alguma semelhança entre a seleção brasileira e algumas empresas?

E para terminar este artigo só mais uma questão. Qual é o verdadeiro papel do líder nas vitórias e nas derrotas? É estar junto, incentivar, participar, fazer parte da equipe. Esse foi o papel do Maradona, por exemplo, na derrota da sua equipe. E que derrota, mas nem por isso deixou de ter o seu papel de liderança. Infelizmente isso não foi visto na seleção brasileira com o ex-técnico Dunga. Infelizmente em algumas empresas a situação é exatamente a mesma.

Depois não têm sucesso e não sabem o motivo!

Pensem e meditem porque o que aconteceu com a seleção brasileira acontece em muitas das nossas empresas.

Mãos à obra para mudarmos estas atitudes.

A mudança é a única certeza!

04/07/2010 Cecília Rijo – Diretora da CR Consultoria

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