Um dos maiores equívocos cometidos pelos pequenos
e médios empresários é o de achar que comunicação é algo apenas para
grandes empresas. Ledo engano. Ter uma sólida estrutura de comunicação
empresarial é algo tão vital quanto a qualidade dos produtos ou serviços
que a empresa oferece.
São muitos os motivos pelos quais a comunicação
tem se tornado tão estratégica e fundamental para as empresas. Talvez os
mais significantes sejam a revolução causada pelos avanços em
tecnologia e em telecomunicações.
Primeiramente, a disseminação da tecnologia tem
feito com que produtos e serviços tenham se tornado praticamente
commodities. Ter maquinários de última geração capazes de criar produtos
inovadores e que não sejam facilmente copiáveis deixou de ser uma
exclusividade das grandes corporações. Eis uma das vertentes da
globalização.
Paralelamente, as transformações originadas pela
internet fizeram com que o poder mudasse de lado. Se antes estava com as
empresas, agora está com o consumidor, que em questão de alguns cliques
consegue compartilhar suas experiências positivas ou negativas com as
marcas para milhões de usuários da rede em todas as partes do mundo.
Então, como sobreviver neste cenário? Investindo
em comunicação empresarial! Não há outra saída. As chamadas empresas low
profile - ou adeptas da política do “nada a declarar” - se ainda não
morreram, devem estar agonizando. Na era da informação não haverá
espaços para quem não estiver disposto a se comunicar (e muito bem).
Assim, jornalistas, relações públicas e demais
profissionais de comunicação estão cativando uma cadeira ao lado dos
CEOs, ajudando-os a enxergar e agir neste novo contexto, onde o que vale
não é a qualidade ou o preço, e sim a credibilidade conquistada por
meio de um relacionamento sólido e transparente.
Cabe a estes profissionais desenvolver um
complexo conjunto de ações e processos capazes de reforçar a imagem de
uma empresa ou entidade diante de seus públicos, indo de colaboradores a
clientes, passando por fornecedores, representantes comerciais,
imprensa, associações, ONGs, formadores de opinião, órgãos
governamentais, universidades, acionistas, etc.
Por tratar-se de tantos e tão diversos públicos, a
comunicação empresarial vai se desdobrando em “sub” áreas, a fim de se
focar estrategicamente nas melhores práticas para o diálogo com cada um
dos interlocutores de uma organização. A importância dada a cada público
depende do ponto de vista de cada uma.
Independentemente do tamanho da empresa, o
primordial é cuidar do público interno. Se os colaboradores da companhia
não se sentem motivados e valorizados, certamente apresentarão pouco
rendimento e estarão atentos às oportunidades que surgirem no mercado.
Para garantir um clima organizacional favorável, a comunicação interna
ou o endomarketing, assumem características fundamentais.
Também não se pode esquecer a importância de um
projeto de branding. Toda empresa deve ter um nome, logomarca, materiais
institucionais, catálogos de produtos ou serviços e, logicamente, um
bom site, que deve ser de fácil navegação, bonito e informativo.
Com a “casa” em ordem é hora de começar a se
posicionar perante os meios de comunicação em massa - seja para lançar
campanhas publicitárias ou fornecer conteúdos relevantes para o
editorial dos veículos por meio de uma boa assessoria de imprensa. Mesmo
com linguagens e estratégias bastante diferentes, ambas terão como
missão central o aumento da visibilidade da marca.
Dados estes três importantes passos, cabe a cada
empresa definir que caminho seguir. As ferramentas são muitas e
variadas, cabe apenas saber onde se quer chegar - pois para quem não
sabe isso exatamente, qualquer lugar serve. E lembre-se sempre que esta é
uma estrada sem volta. Percorrê-la é essencial para o bom desempenho de
sua empresa. Boa caminhada!
Por: Marília Cardoso
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